Estas espécies fazem parte da mesa dos portugueses. Com o projeto Anzol+, queremos garantir a sua qualidade, respeitando critérios de sustentabilidade ambiental, económica e social.

 

Ao longo da sua área de distribuição estas espécies são alvo de pesca comercial, como redes de emalhar e arrasto. A sua continuidade depende de uma pescaria sustentável recorrendo a artes de pesca mais seletivas: a cana e o palangre, que permitem manter o peixe mais intacto contribuindo diretamente para a valorização das espécies.

 

 

Robalo

Dicentrarchus labrax

robalo Sara Carvalho/SPEA

Robalo, o rei da nossa costa

Com o corpo alongado de cor cinzento-prateado, é considerado por muitos o rei da nossa costa.

Sendo uma espécie de águas pouco profundas (até aos 100 m), é muito frequente ao longo da costa portuguesa. É um predador voraz: ágil e rápido, caça pequenos peixes, crustáceos e invertebrados. O robalo é resistente a amplas variações de temperatura e salinidade, e reproduz-se entre janeiro e abril.

 

Todas estas características tornam-no um peixe de excelência, sendo a sua carne utilizada nas mais variadas iguarias.

 

A pesca desta espécie é encarada com paixão e entusiasmo tornando-se muitas vezes a sua captura um verdadeiro desafio.

 

Tamanho mínimo de captura

36cm

 

Peixe-galo

Zeus faber

peixe-galo Elisabete Silva/SPEA

Peixe-galo, um desafio para os pescadores

A sua barbatana dorsal com espinhos fortes, que lembra a crista de um galo, tem uma mancha negra característica. De corpo arredondado e achatado, o peixe-galo é um predador solitário e mais passivo, quando comparado com o robalo, encontrando-se a grandes profundidades (até aos 400 m). Reproduz-se no fim do inverno e início da primavera.

 

É um peixe muito apreciado pelo sabor da sua carne branca consistente e delicada.

 

A sua pesca é encarada com paixão e grande paciência, tornando-se muitas vezes um verdadeiro desafio encontrá-los.

 

Tamanho mínimo de captura

Sem tamanho mínimo definido.

 

Dourada

Sparus aurata

dourada Sara Carvalho/SPEA

Dourada, uma autêntica iguaria

Com o corpo oval de cor cinzento-prata, a dourada deve o seu nome à faixa de cor dourada que apresenta na cabeça, entre os olhos. A dourada é sem dúvida a rainha da família Sparidae devido à sua carne tão saborosa e apreciada por todos, uma autêntica iguaria. Nasce como macho e quando atinge os 30cm muda de sexo para desovar. Alimenta-se principalmente de moluscos bivalves, crustáceos e pequenos peixes. O seu comportamento é sedentário podendo ser solitária ou frequentar pequenos grupos em pradarias de ervas marinhas ou fundos arenosos, bem como em zonas de rebentação.

 

A sua captura é prazerosa sendo caracterizada especialmente pelas suas enérgicas arrancadas e cabeçadas inconfundíveis.

 

Tamanho mínimo de captura

19cm

 

Sargo-legítimo

Diplodus sargus

sargo-legítimo Sara Carvalho/SPEA

Sargo-legítimo, uma luta viciante

O sargo é uma espécie muito apreciada na gastronomia. De corpo oval e prateado com uma mancha negra característica junto à barbatana caudal, esta uma espécie costeira habita áreas rochosas e alimenta-se principalmente de moluscos, crustáceos, ouriços-do-mar e até de algas. Como outros sparídeos, é muito ativo e frequenta a zona da rebentação ao alvorecer. A sua dieta variada faz de si uma espécie bastante procurada para consumo.

 

A sua pesca é perigosa devido à sua localização junto às rochas, estando muitas vezes à mercê do mar. Mas essa adrenalina cativa pelo grau de dificuldade: a luta com estes peixes é viciante.

 

Tamanho mínimo de captura

15 cm

 

Safio

Conger conger

safio Sara Carvalho/SPEA

Safio

Também conhecido como congro quando atinge maior tamanho, tem um corpo longo, esguio e cilíndrico. A sua carne é branca, muito fina e extremamente saborosa, fazendo as delícias de qualquer apreciador de peixe. O safio habita as águas junto ao fundo arenoso ou rochoso, vivendo a grandes profundidades. Reproduz-se apenas uma vez na vida, pelo que as suas populações não recuperam facilmente. A sua alimentação é à base de crustáceos, peixes e cefalópodes, caçando-os de noite.

 

Durante o dia encontra-se maioritariamente recolhido na sua toca.

 

É pescado sobretudo à noite, recorrendo à arte de palangre de fundo.

 

Tamanho mínimo de captura

58cm

 

 

Corvina

Argyrosomus regius

Corvina Docapesca

Corvina

 

 

Com um corpo alongado que pode atingir grandes dimensões, a corvina é mais uma espécie familiar para a maioria dos consumidores portugueses. Os adultos habitam águas costeiras e da plataforma, junto ao fundo, a meia água ou mais à superfície. Reunem-se na costa para desovar durante a primavera e o verão. A sua dieta é constituída fundamentalmente por peixes e crustáceos. É considerada um “peixe branco” de carne firme, saborosa e adaptável às mais variadas receitas.

 

A sua pesca é cativante devido ao seu tamanho e à luta que desencadeiam: quando sentem o anzol têm tendência a afundar, não se cansando facilmente.

 

Tamanho mínimo de captura

42cm