A mais pequena ave da família dos galináceos, a codorniz é mestre da camuflagem. Poderá surpreendê-lo ao levantar voo quase debaixo dos seus pés: um borrão rasteiro que rapidamente desaparece por entre as ervas. Embora raramente se deixe observar, é frequente ouvir-se o seu chamamento.
Se tiver a sorte de ver uma codorniz, poderá identificá-la pela combinação do corpo rechonchudo com as asas compridas e pontiagudas. As suas partes superiores são castanhas, com riscas e barras de bege, enquanto as partes inferiores são de um laranja-amarelado.
Som
Ameaças e conservação
A área de distribuição da codorniz diminuiu 30% na última década em Portugal, como resultado de alterações nas práticas agrícolas. A expansão das monoculturas, o desaparecimento dos pousios, e a eliminação das sebes e margens dos campos deixam cada vez menos habitat disponível para esta e outras aves típicas de zonas agrícolas. Como se alimenta de sementes, grãos de cereais e pequenos invertebrados, a codorniz tem sofrido também com o aumento do uso de herbicidas e inseticidas.
Em Portugal, não há mais de 100 mil indivíduos desta espécie. Ao impacto devastador da agricultura intensiva juntam-se a pressão da caça, a contaminação genética (com a introdução da codorniz-japonesa ou de híbridos para fins cinegéticos) e as alterações climáticas.
Em Espanha a espécie está já em declínio evidente: o número de codornizes diminuiu 70% nos últimos 20 anos.
Reprodução
A codorniz reproduz-se muito fácil e rapidamente: num ano chega a fazer até três posturas de 8 a 13 ovos cada.