Nome Científico

Estatuto de Conservação Vulnerável

Tamanho Comprimento: 18-20 cm
Peso: 35-56 g

Alimentação Pequenos peixes, lulas e crustáceos

Onde e quando observar Só nidifica nos Açores
É mais facilmente observado de abril a setembro (época de reprodução), mas pode ser visto todo o ano.

Aves semelhantes Roque-de-castro

O painho-de-monteiro nidifica apenas nos Açores: não há ninhos desta espécie em mais nenhum local do mundo. Esta pequena ave é exemplo de resiliência: chega a viver mais de 20 anos, a maior parte dos quais no mar, resistindo às tempestades que anualmente assolam o Atlântico; um feito impressionante para uma ave de 50g!

 

O nome desta espécie é uma homenagem ao biólogo Luís Monteiro, que demonstrou que deveria ser considerada uma espécie à parte, e não uma variante do roque-de-castro.

 

Som

 

 

Como identificar

A mais pequena ave marinha dos Açores, o painho-de-monteiro é todo preto à exceção da mancha branca na base da cauda. É muito parecido com o roque-de-castro (ou painho-da-madeira), mas tem a cauda ligeiramente mais bifurcada.

 

Diferenças face ao roque-de-castro

Para o observador menos experiente, as duas espécies são indistinguíveis. No entanto, para além da cauda mais bifurcada, o painho-de-monteiro reproduz-se no verão enquanto o roque-de-castro se reproduz no inverno. Esta diferença no período reprodutor pode dar pistas que ajudam os observadores experientes a distinguir as duas espécies nalgumas alturas do ano. Por exemplo, na primavera os roques-de-castro apresentam uma plumagem inteiramente nova e fresca, pois já fizeram a muda completa das penas depois da reprodução, enquanto os painhos-de-monteiro mantêm algumas das penas do ano anterior, mais gastas, por terem feito uma muda apenas parcial ao preparar-se para a época de reprodução.

 

As suas vocalizações têm uma sílaba a menos do que as do roque-de-castro, e as duas espécies têm ainda diferenças na alimentação.

 

Ameaças e conservação

Esta espécie apenas existe nos Açores, e só nidifica em alguns pequenos ilhéus junto às ilhas da Graciosa, das Flores e possivelmente do Corvo. Assim, está muito vulnerável a qualquer ameaça a estas colónias, como a chegada de ratos e outros predadores que não ocorrem naturalmente nestes ilhéus. Entre estes predadores exóticos encontra-se a lagartixa-da-madeira, que tem sido observada a alimentar-se de crias de painho-de-monteiro.

 

Como protegemos esta espécie

Em 2018 lançámos o Plano de Ação Internacional para a Conservação do painho-de-monteiro. Este documento, que define as prioridades de conservação para a espécie, foi desenvolvido com o apoio de vários parceiros a nível nacional e internacional.

 

Estamos também a estudar esta espécie no nosso projeto Seabird Macaronesian Sound.

 

Ave do Ano 2021

O painho-de-monteiro foi eleito a Ave do Ano 2021